sábado, 7 de novembro de 2009

Manchester United e Liverpool desonram os heróis de guerra

Eu sei que a notícia deveria ser a terceira camisa do Cruzeiro, que deixei de fazer no meio da semana. Para mim, vacilo da Reebok, a camisa não está boa. Não gosto do degradê na cor e símbolo do Palestra Itália ficou muito grande. Mas a notícia da semana é a negativa do Manchester United e do Liverpool em usar o símbolo dos heróis de guerra na Inglaterra.

Combinou-se entre os times da Inglaterra que na 12ª do Campeonato Nacional, todos os times estapariam na camisa o símbolo do Remembrance Poppy, uma instituição beneficente que ajuda os ex-soldados e as famílias que perderam parentes durante a Segunda Guerra Mundial.



Todos os times aceitaram o acordo, menos Manchester United de Liverpool, sob a justificativa de que a papoula vermelha, símbolo da instituição, não criaria contraste na camisa vermelha dos dois times. A justificativa foi encarada como piada na Inglaterra, pelo motivo óbvio: mesmo que não se visse o símbolo, isso não significa que o time não devesse usá-lo (If something is not visible from a distance, does it mean that it is not there?). Além disso, o Arsenal usou o símbolo, e foi além disso: leiloa-ra as camisas usadas nesta partida, e o dinheiro irá para a instituição.



Lá, mais do que aqui, a opinião pública leva em conta a responsabilidade social de cada clube. A maior crítica dirigida aos dois times dissidentes é de que eles são sustentados recebendo milhões dos seus torcedores, mas não se dispõe a devolver nada para a comunidade, o que fica mais explícito no gesto simples de bordar o símbolo na camisa para uma temporada.

É difícil imaginar a repercussão que isso teria no Brasil, porque não sei se o argumento de "devolver algo para a comunidade" apareceria, mesmo sendo bem plausível (e um pouco exagerada). Mas seria legal ter coisas como essas por aqui; particularmente gosto de camisas com detalhes únicos, e os times mostrariam maiores preocupações beneficentes.

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